MARANHÃO INTOLERANTE: PROPOSTA DE MICAL DAMASCENO É ALVO DE MIZANDRIA NO ESTADO
Proposta da deputada para homenagear homens na Assembleia Legislativa foi atacada por mizândricos
POR FERNANDO ATALLAIA
EDITOR-SÊNIOR DA AGÊNCIA BALUARTE
atallaia.baluarte@hotmail.com
Reeleita em 2022 com 52.123 votos, a deputada Mical Dasmasceno(PSD) enfrenta no Parlamento do Maranhão uma batalha incessante. A mais recente polêmica envolvendo seu nome diz respeito a verdades bíblicas que afirmam que 'o homem é o cabeça da família’ e que a mulher deve ser submissa a ele.
As afirmações não são de Mical nem criações dela. São preceitos bíblicos originários da doutrina voltada ao casamento que no livro sagrado encontram uma série de ditames que visam nortear a convivência em família.
Nos últimos 7 dias, contudo, a transcrição dos trechos trazidos à baila pela deputada- que os utilizou para propor uma sessão na Alema em homenagem aos homens- ganhou repercussão ideológica entre setores da sociedade.
Se de um lado a misoginia anda tão em alta nos círculos políticos de plantão, do outro a mizandria parece não aparecer na mesma proporção quando o assunto é defender a importância do universo masculino em pautas do Parlamento. O discurso de Mical Damasceno levanta essa ausência e passa, agora, defender o tema, independentemente de espectro político. Até porque o texto bíblico, secular, antecede qualquer opção partidária seja ela qual for.
De forma reacionária, discriminatória e intolerante, a campanha contra Mical Damasceno levada adiante por setores parciais da imprensa, revela que cada vez mais a presença da parlamentar se faz necessária na Casa por estabelecer um contraponto a discussões homogêneas e lineares. Mical traz ao debate uma amplitude maior ao sugerir que a igualdade de gênero deve caminhar para o alcance da equidade e não para o embate infrutífero. '(As mulheres) querem sempre estar em guerra com os homens’, disse, apontando para o fato de que a relação homem/mulher deve, sim, ser construída a partir de equilíbrio e respeito mútuos.
Como resposta à coerente e incisiva postura de Mical Damasceno, a Assembleia soltou nota que diz que 'o pronunciamento da deputada, ocorrido nesta quarta-feira (17), de que o ato( homenagem) tenha apenas a presença de homens, trata-se de uma opinião da parlamentar, respeitada dentro da pluralidade que compõe o Parlamento Estadual, que representa todos os segmentos da sociedade maranhense, em suas diversas forças políticas e linhas ideológicas’.
Conhecida defensora da família e dos valores cristãos, o ato pelo reconhecimento do homem como 'cabeça da família' proposto por Mical seria uma oportunidade única de tecer deferência às qualidades do homem maranhense. No estado, há ausências gritantes de políticas públicas voltadas a esse estrato da sociedade, deixando o segmento à margem das reivindicações há pelo menos duas décadas.
1 comentários:
Amei sua matéria, vi no face ta mas que APOIADO
Beijos
Ritiane Vila Passos
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