quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Música maranhense e os rumos da nova geração

Artistas comprometidos com o debate cultural da atualidade analisam o contexto da produção musical.

Fábio Allex
Do Projeto Na Prática


A Música Popular Maranhense é reconhecida como diversificada e de qualidade. Mas nos últimos anos,os espaços para renovar uma geração de cantores, compositores, instrumentistas, estão cada vez mais escassos. Dos famosos festivais que embalaram gerações, poucos sobreviveram e outros começaram a aparecer. O Fesmap (Festival de Música de Pinheiro), UNIREGGAE (Festival Universitário de Reggae) e Festival Pedreirense de Música Popular são alguns exemplos.


Cantor e autor de mais de 200 canções, Fernando Atallaia é um dos representantes mais promitentes de uma leva de compositores surgida no final da década de 1990. Para ele, a valorização um contexto musical limitado resulta desfavoravelmente para o novo processo artístico cultural.

“Muitos podem justificar dizendo que isso é assim mesmo, é MPM. Só que isso é um engodo, porque não existe essa Música Popular Maranhense. Nas décadas de 70, 80 e 90 quase ninguém emplacou.


Só a partir de 1997 começou a aparecer uma geração de bons letristas, intérpretes mais conectados, mais sensíveis”, aponta o compositor, que mesmo sem estar nas mídias, gradativamente, vai colecionando admiração e respeito de artistas, críticos e do público que comparece em suas apresentações. A cantora e compositora Célia Leite em entrevista concedida ao O IMPARCIAL em junho de 2002, o citou como um dos nomes mais importantes da música maranhense atual. Eduardo Júlio, jornalista e poeta, também já fez boa referência a ele em suas matérias culturais, sobre a sua contribuição para a música vigente.


Imortalizada pela Academia Maranhense de Letras, a escritora Lucy Teixeira (falecida em 2007), ressaltou o talento do artista durante a participação dele no 14º Festival Maranhense de Poesia, em 2000. “Bela e sensível.

Poesia de profundidade ímpar para a sua geração”, elogiou entusiasmada. Nessa oportunidade, Fernando Atallaia obteve a 2ª colocação com a poesia A Casa: “A casa sobre o chão me desperta asas para um voo tênue/ A fragilidade do concreto sobre a casa, nada tem de frágil/ O que escorrega entre os telhados se esvai em quartos para fora/ E o que sustenta, flora/ não projeta muros para dentro/ Tenho de pedra, as mãos e a fala presa às paredes/ A casa é fortaleza para pele/ E eu, de rudimentar, tenho os ossos na poeira.”

REPORTAGEM DO SITE E JORNAL O IMPARCIAL
http://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=20923

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Festa para o Poeta da Canção

O Cantor e Compositor Fernando Atallaia se despede de São Luis em grande show amanhã, às 19 hs, no Centro Cultural Canto da Ema no Maiobão;o artista viaja para o Rio de Janeiro na próxima segunda feira para fixar residência a convite de produtores e artistas cariocas

Por Luis Cardoso

Um dos principais nomes da música e da poesia produzidas no Maranhão desde a década de 90, o Cantor,Compositor,Poeta e Jornalista Fernando Atallaia realiza amanhã a última edição do seu projeto poético-musical intitulado Ode Triste para Amores Inacabados no estado.

Promovido pelo Movimento Baluarte e elaborado pelo músico em maio do ano passado o show terá a participação de artistas esxpressivos do contexto cultural maranhense, a exemplo de Riba Salgueiro, Santa Cruz, Célia Leite, Beto Ehongue, Kit Cavalcante, Célia Sampaio, Rogéryo du Maranhão, Nato Araújo, Paulinho Akomabu, dentre outros.

Com uma carreira voltada para o debate cultural em São Luis e diversos municípios maranhenses , Fernando Atallaia é um dos fundadores do Grupo Carranca de Poesia e um dos articuladores diretos dos movimentos literários e musicais surgidos ainda na década de 90 em São Luis.

Como jornalista foi correspondente dos jornais Extra, Tribuna do Nordeste, Jornal Pequeno, O Quarto Poder, A Tarde, e editor de cultura da revista Caminhos do Maranhão,além de comentarista de saites e blogues nas áreas da arte e das ciências humanas.

Poeta premiado, Atallaia foi um dos vencedores do festival maranhense de poesia no ano de 2001 e um dos iniciadores do movimento ‘A Vida é uma Festa’ ao lado do também Poeta e Escritor Zé Maria Medeiros.A apresentação de amanhã promete reunir a grande maioria dos expoentes da cultura maranhense e as diversas vertentes da música produzida no estado atualmente.

Expediente

O que: Show Ode Triste para Amores Inacabados com Fernando Atallaia

Onde: Centro Cultural Canto da Ema no Maiobão

Quando: Amanhã(sábado)às 19 hs

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A Donzela e o Escravo




Comentários do You Tube:

Q talento!!! nao conhecia... lindo trabalho. parabéns!!!!
sscelia1 3 semanas atrás



Linda letra........ Amei essa música...... Lembra-me muito o enredo de "O Mulato" de Aluísio Azevedo
KarolineBaltazar 7 meses atrás

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As Dores do Mundo



Acompanhe a letra da musica no video.

Comentarios da musica:

Fernando Atalaia, é pra mim uma nova maneira de compor, cantar e dizer. Ele é tudo de bom... Sinceramente fiquei impresionado com este rapaz... Este poeta e interprete. Parabéns Fernando!... Você é genuino, origial qual a fortaleza de uma flor. Abraço e obrigado pela poesia e interpretação que fez de mim o divã dessa canção. Vicente Telles - O MARANHÃO TA DE PARABÉNS PELO TALENTO QUE ÉS.
Vicente535 6 dias atrás



muito boa! essa letra retrata bem a vida... e q voz heim?!
sscelia1 3 semanas atrás

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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Movimento da Mobilização Social e Cultural Baluarte (MSCB)





Movimento Social e Cultural fundado em São Luís do Maranhão pelo cantor, compositor, músico, poeta e jornalista Fernando Atallaia em 20 de abril de 2010.Voltado para o debate e discussão dos mais diversos aspectos da cultura brasileira no Maranhão, o movimento congrega artistas e intelectuais das artes e ciências humanas.

Manifesto

1. Contra a invasão cultural depredatória, violenta e sorrateira existente na geografia do estado e pela valorização do artista nacional (estadual) enquanto produtor em seu município de origem.

2. Pela formação de uma plateia voltada para o trabalho artístico autoral e pelo fortalecimento de um público consciente e partícipe do debate nas esferas da estética e dos desdobramentos culturais.

3. Contra a imposição midiática de uma cultura sobre a outra e supervalorização dos meios de comunicação em detrimento da produção artística.

4. Pelo fortalecimento e viabilidade da livre criação de caráter original, assim como a propagação, difusão e divulgação em níveis de igualdade com outros estados brasileiros.

5. Contra o favorecimento abusivo, politiqueiro e tendencioso de artistas em detrimento de outrem.

6. Contra o bairrismo, folclorismo e ludismo exacerbados existentes no estado, elementos nocivos à universalidade da criação e expansão artística.

7. A favor de todas as formas de expressão do pensamento, embasadas nas aspirações humanas mais profundas, peculiares, inatas e idiossincráticas.

8. Contra a desigualdade cultural perceptível e patrocinada pelos meios de comunicação, onde imperam programações lineares, homogêneas e repetitivas, orquestradas propositadamente pela indústria fonográfica no Estado. Contra o jabá e os aliciamentos escusos mantidos pela indústria cultural de exploração nessa área.

9. Contra as formas de entretenimento barato, propulsoras da alienação, do embrutecimento e da violência.

10. Por uma grade de programação livre e plural, que contemple as abordagens musicais concebidas a partir da diversidade sonora deflagrada em todo território estadual.

11. Pela inclusão do artista estadual (de todas as gerações) nas grades de programação dos eventos promovidos pelas secretarias de cultura estadual e municipal.

12. A favor de um intercâmbio cultural aberto e dimensionado na excelência das vertentes, tendências e expressões artísticas múltiplas (intercâmbio literário, teatral, coreográfico, histórico, musical) existentes no Estado.

13. Contra a Cultura como área de atuação governamental secundária e complementar, voltada para o entretenimento datado, como festas e comemorações.

14. A favor da Cultura como área de atuação essencial, com determinações sistemáticas dentro de um programa que contemple todas as formas de expressão artísticas em projetos culturais semanais, direcionados aos mais diversos públicos.

15. A favor da Cultura como estrutura governamental imprescindível e de alta e flagrante importância, assim como são as áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública.

16. Pela democratização da cultura e da arte como forma de construção da cidadania e consolidação de políticas de educação cultural pragmáticas e atuantes.

17. Pelo casamento das pastas de Educação e Cultura nas esferas dos governos municipal e estadual, ou seja, dar vazão, flexibilidade e praticidade às ações de ambas.

18. Pela profissionalização do artista maranhense e valorização de seu trabalho artístico, enquanto multiplicador, agente e produtor cultural, com cachês e pagamentos dignos, definidos em nível nacional, em suas respectivas áreas de atuação.

19. Pelo debate e discussão em torno do fazer cultural em todas as áreas artísticas e promoção de eventos culturais (palestras, mini-cursos, workshops, debates, seminários, conferências, encontros) nas redes estadual e municipal do ensino público.

20. Pelo mapeamento, pesquisa e levantamento de dados de autores e obras culturais que estão à margem do processo de visibilidade, sofrendo arestas em suas produções e confinados ao ostracismo, no tocante ao reconhecimento do público e das novas gerações.

21. Pelo fortalecimento da memória histórica, cultural e artística e sua consolidação nas esferas do Patrimônio Material e Imaterial, Antropologia Aplicada, Museologia, Historiografia e Educação.

22. Pelo mapeamento e acessibilidade das linguagens artísticas concebidas nos municípios maranhenses e nas comunidades a eles pertencentes.

23. Pelo fortalecimento da identidade cultural nos municípios, a partir de medidas práticas (produção de espetáculos, antologias, livros, coletâneas, debates, encontros, reuniões, álbuns, discos, programas culturais consistentes e contínuos) de valorização do artista e produtor estadual residente nos mesmos.

24. Pela construção e elaboração de um Plano Anual de Cultura que contemple todas as áreas e segmentos artísticos dentro da indústria cultural (editorial, fonográfico, curadoria, espetáculos, pesquisa, gestão).

25. Pelo diálogo e livre interação entre a Cultura e demais áreas sociais (Turismo, Hotelaria, Educação, Políticas e Segurança Públicas, Saúde), no intuito de estabelecer e gerir programas e projetos culturais voltados para as necessidades e lacunas das áreas em questão.

26. Pela fomentação, produção e registro de shows e espetáculos que dêem visibilidade às nuances criativas dos artistas do Estado, sem pré-conceitos, separatismos, acepções e distinção.

27. Pelo Rock; Baião; Jazz e Tambor de Crioula; pelas Artes Plásticas e pelo Hip-Hop; por Miles Davis; João Mohana e o Samba-Blues; por Beethoven e Patativa; por Nauro Machado e Baudelaire; pela Praia Grande e pelos Ares Sul-Americanos, Africanos e Europeus; por Lucy Teixeira e Silvia Plath; por Uimar Cavalcante e Al Jarrour; pelo Portinho e pelo Museu do Louvre; por Andy Warhol e Ciro Falcão; por James Brown e César Teixeira; por Frank Sinatra e João do Vale; por Mestre Antonio Vieira e pela Motown; por Leonardo da Vinci e Antonio Almeida; pelo Butoh e por Olinda Saul; por Harold Bloom e Franklin de Oliveira; pelo Bebop e pela Soul Soul; por Charles Aznavour e Raimundo Soldado; por Billie Holiday e Célia Maria; por Chet Baker e Nonato e Seu Conjunto; pela poesia das pessoas; do Pessoa; do chão e das alturas; pelos regimentos existenciais de Deo Silva e José Régio; pela ilha que se esvai e pelo parto diário de Nascimento Morais Filho; pela fome e pelo pão nosso e vosso de cada dia; pelos proventos mensais do artista que precisa beber; comer e vestir; pela conta de luz e água do cantor; pelo feijão e arroz do poeta; pela conta de telefone do escritor e pelo material escolar de seus filhos; pelo ardo e sofrível trabalho educacional; humanístico e pensamental do artista; e por todos aqui presentes; que assim o queiram. Eis aqui o nosso Movimento!

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Música Bandeira 2





O vídeo acima postado pelo blog é um registro da música ‘Bandeira 2′, de autoria do cantor e compositor maranhense Fernando Atallaia. Na canção ele retrata a realidade amorosa de forma ácida, crua e legítima não perdendo a profundidade e a sensibilidade que envolve os relacionamentos amorosos.

Gravada em 2004, ‘Bandeira 2′ já tem mais de 7 mil acessos na internet e foi reagravada recentemente pelo interprete maranhense Kadu Ribeiro, além ainda de ser cantada por vários artistas maranhenses da atualidade.

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Fernando Atallaia. Tecnologia do Blogger.

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