segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

SAÚDE: PESQUISADORES DA UFSCAR DESENVOLVEM ESPONJA BIODEGRADÁVEL PARA TRATAMENTO DA CANDIDÍASE VULVOVAGINAL

Os tratamentos disponíveis atualmente, como cremes e supositórios, podem ser desconfortáveis e ter a eficácia comprometida por...

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um novo método para tratar a candidíase vulvovaginal, uma das infecções genitais femininas mais comuns. A doença, causada por fungos, gera sintomas desconfortáveis, como ardência, coceira, inchaço e corrimento vaginal. Cerca de três quartos das mulheres já enfrentaram a candidíase em algum momento de suas vidas.

Os tratamentos disponíveis atualmente, como cremes e supositórios intravaginais, podem ser desconfortáveis e ter a eficácia comprometida por eventuais atrasos na aplicação. Por isso, os pesquisadores desenvolveram uma esponja biodegradável feita de quitosana, que libera o medicamento lentamente no organismo, tornando o tratamento mais confortável e eficaz.

A esponja desenvolvida pelo grupo encapsula o clotrimazol, um fármaco amplamente utilizado no tratamento da...

Segundo Fiama Martins, pesquisadora do Departamento de Química da UFSCar, os testes feitos em parceria com pesquisadores da Universidades do Porto, em Portugal, mostraram que a esponja de quitosana, um biopolímero natural poroso, é capaz de absorver os líquidos e interagir com o ambiente vaginal, favorecendo a liberação de antifúngicos.

A esponja desenvolvida pelo grupo encapsula o clotrimazol, um fármaco amplamente utilizado no tratamento da candidíase. Durante testes in vitro, os pesquisadores obtiveram resultados positivos, demonstrando que a esponja é capaz de manter o medicamento por mais tempo nas paredes vaginais, aumentando sua eficácia em comparação com cremes e géis convencionais.

A próxima etapa do estudo é a realização de testes clínicos do material, porém não há previsão para a introdução do produto no mercado. O artigo que descreve a pesquisa pode ser encontrado no site de uma revista científica.

A inovação desenvolvida pelo grupo de pesquisadores da UFSCar representa um avanço importante no tratamento da candidíase vulvovaginal, oferecendo uma alternativa mais confortável e eficaz para as mulheres que sofrem com essa infecção comum.

 

AB

EDIÇÃO DE ANB ONLINE

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