quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Geral: Instituto Chico Mendes lança guia de eutanásia para mamíferos aquáticos encalhados no litoral brasileiro

O guia também explana sobre métodos químicos, físicos e cuidados necessários durante a eutanásia, visando que o procedimento seja realizado de maneira humanitária e em conformidade com as...

O Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou um guia com procedimentos de eutanásia visando a reduzir o sofrimento de mamíferos aquáticos que encalham no litoral e rios brasileiros sem possibilidade de retornar para a água. O guia, intitulado ''Bem-Estar Animal: Guia Remab de Eutanásia de Cetáceos e Sirênios – Redução do Sofrimento Animal”, foi elaborado pela Rede de Encalhes e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil (Remab) do ICMBio e direciona-se a instituições, pesquisadores e profissionais que atuam no resgate de mamíferos aquáticos em todo o litoral do Brasil e na região Amazônica.

Após a realização do procedimento, é obrigatória a confirmação da...

Com o Brasil abrigando uma grande diversidade de mamíferos aquáticos, incluindo duas das quatro espécies de sirênios existentes no planeta, cerca de 50 das 92 espécies de cetáceos, além de sete espécies de pinípedes, a iniciativa é de extrema importância para mitigar o sofrimento desses animais quando o resgate não é possível e não há instalações disponíveis para reabilitação. A prática da eutanásia, que consiste na indução da morte do animal sem ocasionar sofrimento, deve ser realizada somente por médico-veterinário registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária, qualificado e com experiência.

O guia também explana sobre métodos químicos, físicos e cuidados necessários durante a eutanásia, visando que o procedimento seja realizado de maneira humanitária e em conformidade com as normas necessárias para a segurança da equipe e do ambiente. Além disso, recomenda a comunicação com as pessoas presentes sobre os motivos da eutanásia e os procedimentos que serão realizados.

Após a realização do procedimento, é obrigatória a confirmação da morte do animal antes do descarte da carcaça ou do procedimento de necropsia. Aliado a isso, o guia recomenda medidas como o enterro na praia, em aterros sanitários, a eliminação no mar, a incineração e a compostagem devido ao grande risco de contaminação ambiental para a população e para os animais que venham a se alimentar da mesma.

Com a publicação do guia, o ICMBio visa contribuir para a compreensão de como proceder quando o bem-estar do animal encalhado está comprometido de forma irreversível e em sofrimento, visando a conservação da biodiversidade dos mamíferos aquáticos presentes nos litorais e rios brasileiros.

 

AB

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