POLÊMICA NO ESTADO: “NÃO SE RESPEITA A CULTURA DO MARANHÃO’, DIZ IMORTAL DA ACADEMIA MARANHENSE DE LETRAS DURANTE OCUPAÇÃO DA SECMA
Acompanhado de outros seis artistas, protesta contra a falta de transparência e gestão da Cultura no...
A ocupação do prédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma) chega ao segundo dia e segue sem previsão para ter fim. O escritor e imortal da Academia Maranhense de Letras, Américo Azevedo Neto, acompanhado de outros seis artistas, protesta contra a falta de transparência e gestão na Cultura no Maranhão.
“Eu
estou querendo que as pessoas levem em conta a Cultura do Maranhão”, disse o
intelectual.
Em entrevista ao Difusora News, Américo Azevedo disse que a principal reivindicação do grupo é a emissão do Certificado de Mérito Cultural — CMC. Ele ressaltou que o documento é um direito de cada artista maranhense e que estão sendo privados pelas gestões municipal e estadual de promover a arte local.
“Esse certificado é uma obrigação e não um favor. Todo mundo que entra com um projeto na Secretaria, por lei, tem que receber o certificado, mas fica assim parecendo que é um favor do governo, uma generosidade e não é. É uma decisão legal. A Secretaria emite um certificado de validade e eles procuram um patrocinador que banque sua ação cultural”, ressaltou.
“Não se respeita a Cultura do Maranhão, aí o secretário traz um monte de gente de fora para o São João. Não tem nenhuma veiculação cultural e isso minimiza os grandes movimentos culturais do Maranhão, os grandes Bois… Acho que temos que fazer o trabalho de defesa da Cultura do Maranhão. Eu não tenho nada contra os gestores, sou a favor da Cultura do Maranhão, eu estou querendo que as pessoas levem em conta a Cultura do Maranhão, uma das mais belas do País”, destacou.
Américo
Azevedo adiantou ainda que o grupo só sairá do prédio quando todas as
reivindicações forem atendidas. Ele revelou que já foram feitas várias
promessas da Secretaria e muitas tentativas de negociação com os gestores, mas
até o momento não foi firmado nenhum acordo.
“O secretário e o secretário-adjunto me prometeram por telefone que hoje atenderiam às nossas demandas. Se isso acontecer, a gente vai embora, se não, a gente fica aqui dois, três dias, o que for necessário”, afirmou.
Além dessas demandas, o também diretor do Grupo de Teatro Cazumbá revelou que os grandes palcos estão precisando de atenção do poder público.
“Se você olhar o Arthur Azevedo, o João do Vale, eu olho com pena, com preocupação porque o descaso é muito grande. Eu não sei se o dinheiro é que falta, mas acho que é descaso ou desleixo. É uma coisa terrível”, desabafou.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO DIFUSORA NEWS
EDIÇÃO DE ANB ONLINE
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