EMENDAS JULGAMENTO: EUDES SAMPAIO NEGA PARTICIPAÇÃO DE PASTOR GIL EM COBRANÇA DE PROPINA
A investigação aberta a partir de denúncia feita pelo ex-prefeito de São
José de Ribamar Eudes Sampaio em 2020 segue inconsistente no STF após Sampaio ter negado em depoimento nesta quarta-feira(13), na Corte, a
participação do deputado federal Pastor Gil e de outros dois parlamentares investigados num suposto esquema de cobrança de propina na liberação de recursos
da saúde. Eudes deixou claro que não houve menção direta a Pastor Gil.
Durante a oitiva, ele afirmou que foi procurado por Josival Cavalcanti,
conhecido como ''Pacovan'', apontado pela Procuradoria-Geral da República(PGR) como operador do suposto esquema. ''Ele(referindo-se
à ''Pacovan’’) deu a entender que era emenda, mas não falou o nome de ninguém.
Não chegou nem a falar que era emenda parlamentar”, declarou o ex-prefeito. O
depoimento ainda revela que o secretário de saúde do município, ao verificar a
origem dos recursos, não encontrou vínculo com nenhum deputado, levantando a
possibilidade de que os valores fossem destinados à bancada, sem ligação direta
com os parlamentares citados.
ENCONTRO COM PASTOR GIL
Durante o interrogatório, Eudes Sampaio disse que não conhecia o deputado
Pastor Gil, mas que teve contato com ele pela primeira vez durante uma reunião,
em 2020, em que também estavam presentes outros pastores, e um engenheiro que
cuidava de obra da Assembleia de Deus na cidade. ''Nós falamos sobre a obra, não
me recordo do que era. Nesse dia o pastor falou que tinha colocado uma emenda
para o município. Eu falei: 'Pastor, não estou sabendo’, e liguei para meu
secretário”, afirmou Eudes. Segundo o então prefeito de São José do Ribamar, o
deputado teria lhe afirmado que o dinheiro chegaria. O valor, segundo Eudes Sampaio,
teria caído apenas em abril. O valor da emenda, segundo Eudes, era de
R$ 1,48 milhão. Durante o interrogatório, o ex-prefeito afirmou que o partido de Pastor Gil era
seu adversário no município e, portanto, evitava marcar reuniões com o parlamentar. Questionado sobre o motivo que teria levado um deputado a enviar
verba para um município comandado por um rival político, Eudes afirmou que
teria a ver com a relação positiva de ambos com os pastores da Assembleia de
Deus. Embora sejam citadas na denúncia algumas mensagens entre Pastor Gil e
Eudes Sampaio, o então prefeito de São José do Ribamar afirma que as conversas
eram estritamente políticas.
''PACOVAN'' NÃO CITOU DEPUTADOS
Eudes disse
ainda que, em dado momento, ''Pacovan’’ afirmou que ele era quem teria
conseguido a verba destinada à cidade então comandada por Eudes, ao que o
ex-prefeito agradeceu. Na sequência, ''Pacovan’’
teria dito que foi até ele para ''acertar o meu''. ''Aí eu disse: 'O seu? Nunca te
vi, nunca acertei nada com você, e não tenho nada a acertar com você’. Nisso,
ele (''Pacovan’’) tentou começar a se identificar quem ele era […] talvez para
me amedrontar”, disse Eudes Sampaio. O ex-prefeito de São José de Ribamar, no entanto,
disse que não foi mencionado que a suposta cobrança seria por causa de emendas,
ou sequer teriam mencionado o nome de deputados. ''Aí ele deu a entender que era
emenda, mas ele não falou o nome de ninguém. Não chegou nem a falar que era
emenda parlamentar”, afirmou Eudes.
DEFESA DE PASTOR GIL
Em defesa prévia apresentada ao STF, a defesa de Pastor Gil afirmou que
a narrativa apresentada pela PGR, além de inverídica, era descontextualizada,
além de apresentar argumentos ''genéricos e infundados”.
COM INFORMAÇÕES DO METRÓPOLES
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