TODO ENFIADO? PREFEITURA DE DIADEMA COMPRA DRONE DE R$ 365 MIL SEM LICITAÇÃO PARA ATIRAR GÁS LACRIMOGÊNEO EM BAILES FUNKS; OPOSIÇÃO CRITICA
GESTÃO TAKA YAMAUCHI (MDB) DIZ QUE NÃO HOUVE
LICITAÇÃO "POR SE TRATAR DE UM EQUIPAMENTO EXCLUSIVO, COM TECNOLOGIA
EMBARCADA FORNECIDA POR EMPRESA ÚNICA NO BRASIL". A Prefeitura de Diadema,
na Grande São Paulo, comprou por R$ 365 mil um drone que lança bombas de
gás lacrimogêneo para ser usado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) na
repressão de bailes funks. A compra foi feita sem licitação e gerou críticas da
oposição. Na cidade, o combate aos "pancadões", como são chamadas
essas festas que varam as madrugadas nas periferias, virou política municipal
da atual gestão, que espalhou outdoors falando em "tolerância zero aos
pancadões". A aquisição do drone da empresa Condor S/A Indústria Química
consta do site da Transparência da
Prefeitura de Diadema, no valor
total de R$ 365.313,60. O aparelho tem autonomia de voo de 15 minutos e
capacidade de transportar até 24 bombas de gás lacrimogênio em um único
voo. A GCM também comprou 48 bombas de gás no modelo usado pela máquina. A
prefeitura afirma que a compra do drone faz parte de uma política mais ampla de
segurança pública e argumenta que houve dispensa de licitação porque o
equipamento tem uma tecnologia que é fornecida por apenas uma empresa no
Brasil. Vereadores adversários do prefeito Taka Yamauchi (MDB), no
entanto, afirmam que a administração municipal adquiriu o equipamento sem fazer
pesquisa de mercado ou levar em conta as prioridades da cidade, além de
desconsiderar o tumulto que o equipamento por causar em grandes aglomerações. ‘’O
atual prefeito adotou o combate aos bailes funks como única política de
Segurança Pública na cidade. Ele não dialoga com os jovens da periferia, com as
comunidades e não oferece alternativa para esse grupo se manifestar
culturalmente’’.
— Patrícia Ferreira, vereadora do PT, líder da oposição na Câmara Municipal de Diadema e ex-vice-prefeita na gestão anterior.
Na avaliação dela, "esse tipo de equipamento
pode causar tumulto e corre-corre, semelhante ao que aconteceu em Paraisópolis,
além de ser uma forma de criminalizar o lazer popular".
G1
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