segunda-feira, 14 de julho de 2025

TODO ENFIADO? PREFEITURA DE DIADEMA COMPRA DRONE DE R$ 365 MIL SEM LICITAÇÃO PARA ATIRAR GÁS LACRIMOGÊNEO EM BAILES FUNKS; OPOSIÇÃO CRITICA

GESTÃO TAKA YAMAUCHI (MDB) DIZ QUE NÃO HOUVE LICITAÇÃO "POR SE TRATAR DE UM EQUIPAMENTO EXCLUSIVO, COM TECNOLOGIA EMBARCADA FORNECIDA POR EMPRESA ÚNICA NO BRASIL". A Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo, comprou por R$ 365 mil um drone que lança bombas de gás lacrimogêneo para ser usado pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) na repressão de bailes funks. A compra foi feita sem licitação e gerou críticas da oposição. Na cidade, o combate aos "pancadões", como são chamadas essas festas que varam as madrugadas nas periferias, virou política municipal da atual gestão, que espalhou outdoors falando em "tolerância zero aos pancadões". A aquisição do drone da empresa Condor S/A Indústria Química consta do  site da Transparência da Prefeitura de Diadema,  no valor total de R$ 365.313,60. O aparelho tem autonomia de voo de 15 minutos e capacidade de transportar até 24 bombas de gás lacrimogênio em um único voo. A GCM também comprou 48 bombas de gás no modelo usado pela máquina. A prefeitura afirma que a compra do drone faz parte de uma política mais ampla de segurança pública e argumenta que houve dispensa de licitação porque o equipamento tem uma tecnologia que é fornecida por apenas uma empresa no Brasil.  Vereadores adversários do prefeito Taka Yamauchi (MDB), no entanto, afirmam que a administração municipal adquiriu o equipamento sem fazer pesquisa de mercado ou levar em conta as prioridades da cidade, além de desconsiderar o tumulto que o equipamento por causar em grandes aglomerações. ‘’O atual prefeito adotou o combate aos bailes funks como única política de Segurança Pública na cidade. Ele não dialoga com os jovens da periferia, com as comunidades e não oferece alternativa para esse grupo se manifestar culturalmente’’.

— Patrícia Ferreira, vereadora do PT, líder da oposição na Câmara Municipal de Diadema e ex-vice-prefeita na gestão anterior.

Na avaliação dela, "esse tipo de equipamento pode causar tumulto e corre-corre, semelhante ao que aconteceu em Paraisópolis, além de ser uma forma de criminalizar o lazer popular".


G1

EDIÇÃO DE ANB ONLINE

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