SÃO JOSÉ DE RIBAMAR ‘PEGANDO FOGO’: ROMPIMENTO DE NATÉRCIO COM PRÉ-CANDIDATURA DE JÚLIO FILHO É INEVITÁVEL

Com o retorno da médica Helena Duailibe à Alema, o apoio do vice-prefeito da Balneária Natércio Santos à pré-candidatura de Júlio Filho deve evaporar nos próximos dias. Helena, que deve concorrer à reeleição em 2026, segundo apurou a Editoria de Eleições de ANB Online, não abdicará da intenção em favor do filho de Júlio Matos. Ela é, inclusive, tia da esposa de Matos. É também tia da esposa de Santos. O grupo familiar segue cada vez mais em desgaste, uma vez que a primeira-dama Gilvana, de acordo com fontes na gestão, pretendia pleitear vaga ao parlamento, mas fora preterida em razão da indicação de Filho pelo próprio esposo que, em entrevista recente, afirmou ser Júlio Filho o nome para a disputa. Desde fevereiro de 2005 realizando em tempo real a cobertura dos acontecimentos sociais, políticos e culturais de São José de Ribamar, Agência de Notícias Baluarte conversa há exatos 20 dias com lideranças comunitárias, vereadores, funcionários da prefeitura e outros agentes públicos locais acerca do imbróglio que vem afetando as relações político-contratuais-sentimentais da família. Com a candidatura de Júlio Filho avalizada até as convenções e, com este eleito deputado, as pretensões de Natércio Santos de tornar-se prefeito de fato do município estariam ameaçadas. Em São José de Ribamar já há um racha interno no seio dos governistas motivado pelo descontentamento de ex-candidatos a vereador da eleição passada que afirmam terem sido rejeitados pelo prefeito logo após a vitória de Matos. Natércio, por sua vez, tenta manter o protagonismo político junto à estas e outras lideranças inconformadas, mas vem sendo alvo de severas críticas dos que o acusam de ter mantido uma postura distanciada  e indiferente depois de eleito vice. Na terceira maior cidade do Maranhão, a expectativa para o anúncio do rompimento cresce e é aguardada, mas se depender do estilo escorregadio de Júlio Matos, brigas, dissenções, desanuviações e faniquitos familiares serão resolvidos às portas fechadas. Tudo para não dá motivo à oposição que segue com martelo batido com dois deputados, até aqui. A eleição de 2026 se configura um termômetro na cidade e o seu resultado prospecta à disputa majoritária vindoura numa guerra que envolve manutenção de comando, dinheiro e poder. ''Essa briga louca deles eu vou assistir é de camarote, mas nele eu não voto de jeito nenhum, de jeito maneira’’, afirma uma liderança ribamarense da comunidade Monte Alegre, referindo-se a Filho.

POR FERNANDO ATALLAIA

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