SÉRIE ‘REGGAE DO MARANHÃO EM DEBATE’: POR QUE PROGRAMAS DE RÁDIO, DJS E RADIOLAS NÃO TOCAM AS ‘PEDRAS’ PRODUZIDAS NO ESTADO?
Uma crescente insatisfação, seguida de
uma indagação contundente, vem se fazendo ouvir em alto e bom som nos 217
municípios do Maranhão nas últimas semanas: Por que programas de rádio, Djs e
radiolas de reggae não tocam as ‘pedras’ produzidas no estado? De Gerude a
Santa Cruz, passando por Nicéas Drumont,
Tribo de Jah, Célia Sampaio, Mano Bantu, César Nascimento, Mystical Roots,
Mano Borges, Filhos de Jah, Legenda e Banda Guetos, a discografia do reggae genuinamente
maranhense, cantado em português e com sotaque local, não tem espaço em
programas de rádio, pequenas, médias e grandes radiolas nem tampouco em casas de shows voltadas ao seguimento. Com
uma quantidade enorme de hits, a produção fonográfica dos artistas maranhenses
é portentosa, mas negligenciada. Mesmo as novas gerações surgidas nos últimos 10
anos não conseguem vê seus trabalhos expostos à audição do público em festas
que acontecem na Grande São Luís e municípios afora. A tônica do discurso da
valorização na prática é uma irrealidade, imperando o reggae jamaicano em
detrimento de uma cena que já poderia ter acontecido nacionalmente desde a
década de 90, como denunciam compositores excluídos que prometem, em breve, ir
à redes em protesto. Sem um projeto permanente com palco voltado aos artistas
do reggae maranhense, Governo do Estado e Prefeitura de São Luís ignoram aqueles que representam o movimento no
disco, mantendo uma postura indiferente às suas criações. Misto de desprezo,
desdém e abandono. Estimada em mais de 7.018.211
habitantes , a população do estado não conhece seus cantores, compositores e
músicos de reggae em totalidade, levada que é a rebolar bumbum todo enfiado em
programações festivas embaladas por artistas de fora contratados à preço de
ouro.
POR FERNANDO ATALLAIA
EDITOR DE CULTURA DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
BALUARTE
DIRETO DA REDAÇÃO
Postar um comentário