segunda-feira, 3 de novembro de 2025

SÉRIE ‘REGGAE DO MARANHÃO EM DEBATE’: POR QUE PROGRAMAS DE RÁDIO, DJS E RADIOLAS NÃO TOCAM AS ‘PEDRAS’ PRODUZIDAS NO ESTADO?

Uma crescente insatisfação, seguida de uma indagação contundente, vem se fazendo ouvir em alto e bom som nos 217 municípios do Maranhão nas últimas semanas: Por que programas de rádio, Djs e radiolas de reggae não tocam as ‘pedras’ produzidas no estado? De Gerude a Santa Cruz, passando por  Nicéas Drumont, Tribo de Jah, Célia Sampaio, Mano Bantu, César Nascimento, Mystical Roots, Mano Borges, Filhos de Jah, Legenda e Banda Guetos, a discografia do reggae genuinamente maranhense, cantado em português e com sotaque local, não tem espaço em programas de rádio, pequenas, médias e grandes radiolas nem tampouco  em casas de shows voltadas ao seguimento. Com uma quantidade enorme de hits, a produção fonográfica dos artistas maranhenses é portentosa, mas negligenciada. Mesmo as novas gerações surgidas nos últimos 10 anos não conseguem vê seus trabalhos expostos à audição do público em festas que acontecem na Grande São Luís e municípios afora. A tônica do discurso da valorização na prática é uma irrealidade, imperando o reggae jamaicano em detrimento de uma cena que já poderia ter acontecido nacionalmente desde a década de 90, como denunciam compositores excluídos que prometem, em breve, ir à redes em protesto. Sem um projeto permanente com palco voltado aos artistas do reggae maranhense, Governo do Estado e Prefeitura de São Luís  ignoram aqueles que representam o movimento no disco, mantendo uma postura indiferente às suas criações. Misto de desprezo, desdém e abandono. Estimada em mais de  7.018.211 habitantes , a população do estado não conhece seus cantores, compositores e músicos de reggae em totalidade, levada que é a rebolar bumbum todo enfiado em programações festivas embaladas por artistas de fora contratados à preço de ouro.


POR FERNANDO ATALLAIA

EDITOR DE CULTURA DA AGÊNCIA DE NOTÍCIAS BALUARTE

DIRETO DA REDAÇÃO

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