IOF: ALÊ SUSPENDE DECRETOS E DETERMINA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O
ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, conhecido como Alê Xandão(imagem acima) suspendeu hoje os efeitos de decretos da
Presidência da República e do Congresso Nacional que tratam do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF). Na decisão, Moraes determina ainda a realização de
uma audiência de conciliação entre o Governo Federal e o Congresso Nacional
sobre o tema. A audiência está agendada para o dia 15 de julho na sala de
audiências da Corte, em Brasília. Também devem participar do encontro a
Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU). ''Após
a realização da audiência de conciliação, será analisada a necessidade de
manutenção da medida liminar concedida”, destacou o ministro. No documento,
Moraes lembra da importância da harmonia entre os poderes, além da
independência entre eles. Também cita “fortes argumentos que indicam a
existência de razoabilidade na imediata suspensão da eficácia dos decretos
impugnados”. “Inclusive porque esse indesejável embate entre as medidas do
Executivo e Legislativo, com sucessivas e reiteradas declarações antagônicas,
contraria fortemente o artigo 2º da Constituição Federal que, mais do que
determinar a independência dos poderes, exige a harmonia entre eles, como
princípio básico e inafastável de nosso Estado Democrático de Direito em busca
do bem comum para toda a sociedade brasileira.” Em nota, o advogado-geral da
União, Jorge Messias, comentou que a propósito da decisão cautelar tomada
nesta sexta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, manifesto que o voto do
ministro-relator entende como razoável e plausível a argumentação da União
sobre a violação do princípio da separação de Poderes, conforme sustentado pela
AGU.” A nota diz que ainda que “além disso, destaca a necessidade de esclarecer
a dúvida levantada pelo Congresso Nacional sobre possível desvio de finalidade
dos decretos presidenciais, especialmente em razão do caráter fiscal das
medidas. Nesse contexto, a AGU valoriza a proposta de diálogo
interinstitucional sugerida pelo STF, reconhecendo-a como um espaço importante
para a resolução de conflitos.”
Com informações da Agência Brasil
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