Música maranhense e os rumos da nova geração
Artistas comprometidos com o debate cultural da atualidade analisam o contexto da produção musical.
Fábio Allex
Do Projeto Na Prática
A Música Popular Maranhense é reconhecida como diversificada e de qualidade. Mas nos últimos anos,os espaços para renovar uma geração de cantores, compositores, instrumentistas, estão cada vez mais escassos. Dos famosos festivais que embalaram gerações, poucos sobreviveram e outros começaram a aparecer. O Fesmap (Festival de Música de Pinheiro), UNIREGGAE (Festival Universitário de Reggae) e Festival Pedreirense de Música Popular são alguns exemplos.
Cantor e autor de mais de 200 canções, Fernando Atallaia é um dos representantes mais promitentes de uma leva de compositores surgida no final da década de 1990. Para ele, a valorização um contexto musical limitado resulta desfavoravelmente para o novo processo artístico cultural.
“Muitos podem justificar dizendo que isso é assim mesmo, é MPM. Só que isso é um engodo, porque não existe essa Música Popular Maranhense. Nas décadas de 70, 80 e 90 quase ninguém emplacou.
Só a partir de 1997 começou a aparecer uma geração de bons letristas, intérpretes mais conectados, mais sensíveis”, aponta o compositor, que mesmo sem estar nas mídias, gradativamente, vai colecionando admiração e respeito de artistas, críticos e do público que comparece em suas apresentações. A cantora e compositora Célia Leite em entrevista concedida ao O IMPARCIAL em junho de 2002, o citou como um dos nomes mais importantes da música maranhense atual. Eduardo Júlio, jornalista e poeta, também já fez boa referência a ele em suas matérias culturais, sobre a sua contribuição para a música vigente.
Imortalizada pela Academia Maranhense de Letras, a escritora Lucy Teixeira (falecida em 2007), ressaltou o talento do artista durante a participação dele no 14º Festival Maranhense de Poesia, em 2000. “Bela e sensível.
Poesia de profundidade ímpar para a sua geração”, elogiou entusiasmada. Nessa oportunidade, Fernando Atallaia obteve a 2ª colocação com a poesia A Casa: “A casa sobre o chão me desperta asas para um voo tênue/ A fragilidade do concreto sobre a casa, nada tem de frágil/ O que escorrega entre os telhados se esvai em quartos para fora/ E o que sustenta, flora/ não projeta muros para dentro/ Tenho de pedra, as mãos e a fala presa às paredes/ A casa é fortaleza para pele/ E eu, de rudimentar, tenho os ossos na poeira.”
REPORTAGEM DO SITE E JORNAL O IMPARCIAL
http://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=20923
2 comentários:
Olá, obrigada por visitar meu blog e deixar comentário.
A Livreira
LEGAL DEMAIS ESSA MATERIA, AINDAA BEM QUE A NOSSA CULTURA TA VIVA, PARABENS ARTISTAS
CELIO VILA PASSOS
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